11.4.10

Estou cansada. Cansada de esperar por ti e pelo dia em que te lembres que eu (ainda) existo. Se é que esse dia alguma vez irá chegar. E mesmo que chegue e que esteja para breve (o que duvido), se queres que te diga, acho que já cá não vou estar á tua espera. Quando eu mais precisava de ti e do teu apoio, foi quando tu me deixaste e te esqueceste que eu existia. Esqueceste-te de mim como uma criança se esquece de um velho brinquedo quando compra um novo, um melhor. Na verdade era isso que eu devia ser para ti, um simples brinquedo que usavas para passar o tempo, dar umas voltinhas, satisfazer umas necessidades e depois punhas-me a um canto e deixavas-me a ganhar pó. Isto é, até te lembrares outra vez que eu lá estava, e ires brincar mais um bocadinho comigo e com os meus sentimentos. Mas parece que desta vez preferiste esquecer-te de mim por completo, abandonares-me sem me teres dito uma única palavra, sem me teres mostrado um único sinal, sem me teres emitido um único aviso. Se calhar até foi preferível assim, acho que não teria aguentado ter-te ouvido a informares-me que ias partir de vez. Ainda assim, preferia que o tivesses feito. Queria que tivesses tido a coragem de chegar ao pé de mim, olhares-me nos olhos e dizeres-me que eu não fazia parte dos teus planos futuros, que não pertencias aqui e que este não era o teu lugar. Na verdade nem tu sabes qual é o teu lugar, onde pertences e onde te sentes bem. Acho que partiste para o ires descobrir. Só tenho pena que tenhas partido sem um aviso prévio e me tenhas deixado a pensar comigo mesma se algum dia voltarás. Mesmo que voltes, não te garanto que ainda aqui esteja de braços abertos para te receber (novamente).

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